22 de novembro de 2008

O Nono e a Nona

O Nono foi hospitalizado e os filhos, netos e bisnetos vieram de todos os cantos do mundo.

Os médicos deixaram que os parentes levassem-no para a sua casa, para cumprir seu último desejo: O de morrer em casa, ao lado de seus queridos.
Foi para o quarto e as visitas foram se revezando para tentar consolar e dar conforto ao Nono em seu derradeiro momento.

De repente o Nono sentiu um aroma maravilhoso que vinha da cozinha.
Era a Nona tirando do forno uma fornada de cuca.
Os olhos do Nono brilharam e ele se reanimou.

Então, o Nono pediu ao bisneto que estava ao lado da cama dele:
Piccolo mio, vai na cojina e pede um pedaxo de cuca pra Nona.

O guri foi e voltou muito rápido.
E a cuca? - perguntou o Nono.
A Nona disse que no!

Ma per que no porca miséria, ma que vecchia desgraciata!
Que qüesta putana falô?

A Nona disse que as cuca ... é pro velório!

E-mail enviado pelo meu amigaço Prancha.

Shawn Farquhar

Sensacional esta mágica!

Feita ao som de Sting


Shape of my heart (Sting)

He deals the cards as a meditation
And those he plays never suspect
He doesnt play for the money he wins
He doesnt play for the respect
He deals the cards to find the answer
The sacred geometry of chance
The hidden law of probable outcome
The numbers lead a dance

I know that the spades are the swords of a soldier
I know that the clubs are weapons of war
I know that diamonds mean money for this art
But thats not the shape of my heart

He may play the jack of diamonds
He may lay the queen of spades
He may conceal a king in his hand
While the memory of it fades

I know that the spades are the swords of a soldier
I know that the clubs are weapons of war
I know that diamonds mean money for this art
But thats not the shape of my heart
Thats not the shape, the shape of my heart

And if I told you that I loved you
Youd maybe think theres something wrong
Im not a man of too many faces
The mask I wear is one
Those who speak know nothing
And find out to their cost
Like those who curse their luck in too many places
And those who smile are lost

I know that the spades are the swords of a soldier
I know that the clubs are weapons of war
I know that diamonds mean money for this art
But thats not the shape of my heart
Thats not the shape of my heart

Veja a tradução

Construa sua própria bomba atômica


Considerações preliminares
Como tudo o que é bom, a construção de uma bomba atômica, por mais poderosa que ela seja, também deve se iniciar pelas preliminares. Você sabe muito bem que se partir logo para os finalmentes a sua parceira (ou parceiro, conforme a sua preferência) pode sentir-se um pouco frustrada(o).

Por que construir a sua própria bomba atômica?
As razões são muitas e apresentamos, apenas, algumas delas.

Nestes tempos difíceis, de muita violência, você deve aprender a se defender. Os menos imaginosos, os medíocres, compram revólver, pistola, espingarda, fuzis AK45, 47, granadas e metralhadoras. Coisas de amadores, mesmo porque qualquer pessoa pode adquiri-los com a maior facilidade no mercado negro. Nos outros mercados, os mercados branco, cinza e "technicolor" pode ser um pouco mais caro, mas também é possível comprá-los desde que se tenha bons agentes de intermediação. Tudo fácil demais.

Se você tem competência para realizar algo com a suas próprias mãos, por que não fazê-lo? Use o seu engenho, arte e imaginação para construir um artefato poderoso e com mil e uma utilidades.

Ao fazer a sua própria bomba atômica, você estará contribuindo para a paz mundial, pois o seu poder de dissuasão irá aumentar significativamente. Pelo menos isso é o que dizem os donos dos grandes arsenais nucleares.

A bomba não é para ser usada. Ela é apenas um enfeite, um artifício, um acessório decorativo, persuasivo e dissuasivo de grande poder. A bomba não deve jamais ser usada, a menos que o seu uso se torne imperativo diante de um inimigo metido a besta que, evidentemente, ainda não tenha construído a sua, a dele, própria bomba.

Se o inimigo já tiver construído a bomba dele, aí as coisas ficam um pouco dificultosas, porque se a bomba dele for maior que a sua, você pode se ferrar.

Como saber quem tem a maior? É fácil. Você se lembra do seu tempo de menino(a)? Pois é. Faz do mesmo jeito, uai!. Mostre a sua peça e peça pra ele(a) mostrar a dele(a). Essa estratégia sempre funciona.

Depois que você tiver construído a sua bomba, peça a inscrição no clube dos matadores atômicos onde já se encontram: Israel, EUA, Índia, Paquistão, Reino Unido, França e Rússia.

Agora que está plena e satisfatoriamente demonstrado que você também deve possuir a sua própria bomba atômica, mãos à obra.

Primeiros passos

A primeira coisa é obter a matéria prima. Recomenda-se o urânio 235. O urânio 238 deve ser evitado, pois apesar de possuir apenas 3 graus de diferença na escala, ele costuma dar chabu. (Já pensou, na hora H, você esperando um sonoro KABUUUMMM! e vem apenas um fraco, e geralmente fedido, puf?)

Dê preferência ao urânio enriquecido, mas antes procure saber como ele enriqueceu. Se o enriquecimento dele ocorreu nos anos em que ele esteve em Brasília ou ocupando cargos no governo, mude de fornecedor, pois trata-se de enriquecimento ilícito. É urânio desonesto, muito embora goze de grande prestígio nos meios políticos e sociais.

Pegue 100 kg de urânio 235 e divida em duas porções iguais. Coloque cada uma das porções em um cilindro de metal, tampe e reserve.

Use um pincel, atômico, evidentemente, para identificar cada um dos cilindros. Em um deles escreva "MASSA SUBCRÍTICA" e no outro escreva "MASSA CRÍTICA".

A partir desse momento, evite, a qualquer custo, a contaminação entre os dois cilindros. As partículas da massa subcrítica somente devem encontrar as partículas da massa crítica no momento da explosão, depois de acionado o mecanismo fusível. Tá certo, é um tabu que nem aquele do noivo que não deve ver o vestido da noiva antes do casamento, mas tradição é tradição e deve ser respeitada.

Em seguid....

O quê?!! Como e onde conseguir o urânio? Putz, tenho que dizer tudo, é?

[Sinais de impaciência e irritação. Pausa.]

Tá bem, vamos lá.

Onde adquirir a matéria prima

As melhores fontes para adquirir a matéria prima são (pela ordem de preferência):
1) ferro velho,
2) organizações terroristas,
3) centros de pesquisas e usinas nucleares.
Ferro velho. Com um pouco de paciência, pode-se conseguir bom material radioativo no ferro velho e os preços são muito convidativos. Confira com cuidado e veja se o material está muito gasto ou descorado. Verifique a textura, o sabor e a cor antes de fechar negócio.

Organizações terroristas sempre pedem muito dinheiro para liberar porções radioativas, mas dá pra fazer boas aquisições.

Centros de pesquisa e usinas nucleares são bons fornecedores, mas seja cauteloso porque os diretores e funcionários não gostam muito quando desaparecem grandes quantidades de urânio de lá. Eles ficam um pouco inquietos, sabe.

Se for usar material oriundo de centros de pesquisa, seja exigente. Alguns centros fazem pesquisa submetendo mosquitos e batatas à radiação, de modo que é preciso saber se o material radioativo está contaminado com larvas. Quanto mais contaminado com larvas, mais insetos nos resultados, quer dizer, mais incertos os resultados.

Agora que você já tem o urânio, vamos à segunda fase.

Segundos passos: o mecanismo de detonação

Preste muita atenção nesta parte. Um acidente pode ser fatal. Mantenha as faíscas sob controle absoluto.

O mecanismo de detonação é constituído de 100 kg de dinamite e mais o pavio. Em vez da dinamite, pode-se usar pólvora de bombas de São João, mas você vai precisar de 150 kg dessa pólvora.

Antes de perguntarem como obter a dinamite ou a pólvora: compre a dinamite em lojas especializadas em dinamite e a pólvora em lojas especializadas em pólvora. Satisfeitos?

Em seguida, coloque a dinamite ou a pólvora em um cilindro de metal, tampe e reserve.

Prepare o dispositivo fusível, também conhecido como pavio detonador. Alguns cientistas chamam o pavio detonador simplesmente de fusível e os ignorantes chamam o fusível de fuzil.

Pois bem, não use um fuzil, quer dizer, um pavio muito curto. Se pavio curto é ruim em gente, imagine numa bomba atômica.

O maior perigo num pavio pequeno é o lapso de tempo decorrido entre o momento de acender e a hora de a bomba explodir. Se o tempo for muito curto, não vai dar para você se afastar e ficar a uma distância segura do artefato. Geralmente um metro de pavio é um bom tamanho.

Como você bem sabe, todo o pavio que se preza tem duas extremidades. Coloque uma das extremidades do pavio no recipiente contendo a dinamite (ou a pólvora). Evite fumar charuto ou cachimbo durante essa operação. Cigarros são permitidos, desde que o maço contenha aquelas fotos de gente com câncer que o governo mandou botar pra ver se amedronta os fumantes.

Coloque os três cilindros - os dois de urânio e mais o de dinamite (ou de pólvora, conforme a sua preferência) - sobre uma superfície plana e prenda-os fortemente com fita durex. (Fique de olho na marca. Se não for durex, esqueça.)

Pronto: sua bomba está pronta para ser usada. Clique aqui para apreciar o Diagrama 01. À primeira vista, ele pode parecer meio esquisito, mas com o tempo você se acostuma.)

Onde guardar a sua bomba atômica

Guarde-a em casa num lugar accessível, porque, quando dela necessitar, você vai encontrá-la logo ali bem pertinho e à sua disposição. Vez por outra, faça uma inspeção pra ver se os cilindros estão vazando. Preste atenção, porque um nêutron descuidado aqui, um elétron displicente ali e todo seu trabalho vai por água abaixo.

Em alguns países, os donos de bombas nucleares fazem buracos no chão e lá enterram as suas bombas, talqualmente os gatos depois de fazerem necessidades fisiológicas. É uma boa alternativa.

Normas de segurança

Muito embora o processo de fabricação seja absolutamente seguro e isento de maiores riscos, alguns cuidados devem ser tomados.

a) Lave sempre as mãos com água e sabão após manusear o urânio. Use a sua escova de dentes para remover o pó que insiste em se abrigar sob as unhas. Se quiser usar luvas de segurança, compre dessas de supermercados. São mais baratas.

b) Enquanto você coloca o urânio nos dois cilindros, pode acontecer de subir uma poeira radioativa resultante da desagregação do material. Ao ser aspirada em grandes quantidades e metabolizada, essa poeirinha pode, eventualmente, impedir o organismo de produzir as células vermelhas do sangue.

Se você não sabe, as células vermelhas servem para dar a cor de sangue ao sangue e a ausência delas faz com que ele adquira cores variadas e imprevisíveis. Mesmo considerando que as conseqüências sejam meramente estéticas, fica esquisito se você sair por aí, pegar uma bala perdida, sofrer um assalto e chegar no pronto socorro sangrando um sangue rosa-choque ou azul-da-prússia. Pega mal, pacas. O que vão pensar de você?

c) Para evitar a inalação da poeira radioativa a melhor forma de prevenir é prender a respiração durante o manuseio do urânio. Pode ser que, no começo, você fique meio arroxeado devido à falta de oxigênio nos pulmões, mas, com o tempo, você se acostuma.

d) Para evitar que grânulos de urânio se instalem no seu estômago, jamais manuseie urânio enquanto estiver de estômago vazio.

e) Se, após uma jornada de trabalho com o urânio, você se sentir um pouco sereno, tonto ou sonolento isso pode ser conseqüência da redução das células vermelhas do sangue. Para ter certeza, vá até um laboratório e mande fazer a contagem delas. Exija a contagem em todo o sangue e não apenas em uma amostra. É mais preciso. Se for constatada a redução, tome dois copos desses refrescos tipo framboesa, groselha ou morango às refeições durante dois ou três dias.

f) Evite ficar muito perto da bomba no momento da detonação. A temperatura pode chegar a 100 milhões de graus centígrados e isso pode provocar queimaduras. Se for absolutamente indispensável acompanhar o processo de detonação, use protetor solar.

Considerações finais

Avise os vizinhos e malfeitores que você está bem armado. De que adianta todo esse trabalho e investimento em alta tecnologia se ninguém souber que você tem a força?

Os vizinhos vão respeitar e temer: nada de roubar o limpador de pára-brisa do seu carro, nada de pedir duas cebolas emprestadas e não pagar. Prioridade no elevador e na entrega das correspondências, abatimento nas taxas de condomínio, prioridade nas ruas mesmo com o sinal vermelho são efeitos colaterais muito bem-vindos.

Tem mais: se o síndico ou o prefeito quiser mandar fazer uma inspeção pra saber se você guarda armas químicas em casa, destitua o síndico ou o prefeito. Nunca é demais lembrar que você tem a bomba e se você tem a bomba, tem a força!

Possuir a sua própria bomba só traz vantagem. Desvantagens? Nenhuma. Quem sabe até você ganha isenção no imposto de renda?

Mutações genéticas são bem-vindas

Pessoas desinformadas insistem em dizer que armas nucleares não devem ser usadas porque elas podem produzir mutações genéticas. Isso é verdade. Pode ocorrer uma ou outra mutação genética, mas é necessário ver o lado positivo desses efeitos secundários e evitar paranóia de ongueiro.

O grande cientista inglês Charles Darwin (1809 - 1882) demonstrou cabalmente que as mutações genéticas são bem vindas e foi graças a elas que o homem se moldou à forma atual. O que há a temer? Humanos com duas cabeças? Todos estamos cansados de ouvir falar que duas cabeças pensam melhor que uma. Por que não dar essa chance à evolução?

Para exemplificar os perigos da fissão nuclear, menciona-se o desastre de Chernobil, mas sabe quais as pessoas que correram mais depressa e conseguiram se safar do desastre? As de três pernas!

Há quem trate o assunto como uma piada de humor negro, mas o assunto é muito sério. A aquisição de três pernas é ou não uma mutação favorável à sobrevivência da espécie humana nesses novos tempos em que o homem, e a mulher, é claro devem aprender a viver em ambientes de elevada radioatividade?

Existem mais aspectos positivos. Nos esportes, por exemplo, dá pra imaginar as próximas olimpíadas e os novos recordes sendo batidos: 100 metros rasos em 5 segundos, depois em 4 segundos, na seguinte em 2 segundos...

A vida vai desaparecer da face da Terra?

Os pessimistas de plantão, os derrotistas de primeira hora, chegam dizer que a vida pode desaparecer da face da Terra em conseqüência de explosões nucleares provocadas pelo homem.

Isso é uma mentira deslavada.

Recentemente, cientistas descobriram indícios da ocorrência de formas primitivas de vida, de vermes, há 1,2 bilhão de anos. Portanto, mesmo que a espécie humana venha a sucumbir, outras espécies de vida melhor adaptadas ao novo meio deverão surgir. Em mais um ou dois bilhões de anos novas criaturas, certamente bem mais inteligentes que nós, estarão aptas a construir bombas muito mais poderosas que as de hoje. E o que são dois bilhões de anos diante da eternidade?

A radiação é prejudicial à saúde?
Uns medrosos falam que a radiação faz mal à saúde. São uns frouxos.

A verdade é que tudo além da medida pode ser prejudicial à saúde. A água, por exemplo, é essencial à vida, mas beba água de mais pra você ver o que acontece. Se água de mais fosse boa pra saúde ninguém morria afogado, concorda?

Conclusão

Não perca tempo!

Inicie hoje mesmo a construção da sua bomba atômica e seja feliz com os seus descendentes de três pernas e duas cabeças. Talvez eles não sejam exatamente uma gracinha conforme padrões já superados, mas estarão bem mais aptos a sobrevirem na nova era nuclear.

20 de novembro de 2008

Como inserir Flash [.swf] em PowerPoint



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Parte I Parte II

17 de novembro de 2008

As pessoas e as coisas

Por Fábio Reynol
lembra?

Um colega de trabalho queria comprar um celular sofisticado e que não existia no país. Pensou em encomendar de uma importadora, mas era extremamente caro. Sugeri que pedisse a algum viajante ou que esperasse o aparelho ser vendido por aqui. Quando foi anunciada a venda no Brasil, por um valor bem em conta, fui informá-lo. “Não quero mais. Agora todos vão poder ter um!” foi a sua resposta. O afã acabou porque ele não estava nem um pouco interessado em adquirir um aparelho telefônico móvel com dezenas de recursos ultramodernos. O que ele pretendia comprar era um fetiche, uma fonte de status, um objeto que o fizesse ser admirado e até invejado por outros, algo que lhe dissesse ao ego que ele era diferente e superior, de certa forma, a todos os demais que não possuíam aquilo. Nesse sentido, o celular poderia ser substituído por um par de tênis de novecentos reais, uma caneta tinteiro de mil euros ou um relógio de cinco mil dólares que... mostra as horas!

Essa atitude de consumo pertence a uma multidão que vai às lojas semanalmente tentar tapar buracos interiores com as últimas novidades do mercado. O fetichismo cresce pari passu com o aumento do número de quinquilharias à disposição nas vitrines. Em tudo o que compramos existe algo que a publicidade não conta e que não vem discriminado na nota fiscal, é por que compramos. Por trás de cada produto adquirido ou serviço contratado há um motivo único e pessoal que ultrapassa a finalidade prática daquilo. Uma calça é muito mais que uma calça se ela vier com uma etiqueta vistosa de uma marca famosa. A qualidade do produto em si fica para um segundo ou terceiro plano. Quer fazer um teste? Você compraria uma calça de grife e retiraria a etiqueta externa? Afinal, a calça é a mesma, a qualidade, idem, mas o fetiche estaria desfeito.

A distorção do consumismo, poucos percebem. Só usamos a calça jeans de dois mil reais para mostrar aos demais passantes que temos poder para ostentar aquela etiqueta na nádega. A publicidade prega que a marca lhe empresta o prestígio global da empresa. Porém, o que ocorre é o oposto. A corporação usa gratuitamente o seu espaço glúteo-publicitário, e até o seu prestígio que você não acredita possuir, para vender um peixe que não é seu. O pior, você pagou caro para disponibilizar a sua bunda-propaganda. Muito mais do que o “excelente corte” e o “maravilhoso tecido” que você usa como argumentos para justificar a compra, você está atrás é do valor que a marca comercial poderia agregar à sua imagem.

E por que nos sentimos “mais” se estamos com um tênis “X” ou com a camisa da grife “Y”? A resposta é simples: porque não conhecemos o nosso próprio valor. O mercado nos ensina que competência é dirigir um conversível, respeito é o que se tem ao vestir etiquetas famosas e admiração é o que você recebe ao ver as horas num mostrador de platina e diamantes. Sem essas coisinhas fundamentais, você é apenas uma pessoa como outra qualquer, mesmo que não exista no mundo inteiro uma pessoa igual a outra qualquer.

Preferimos acreditar que compramos sempre aquilo de que precisamos, mas isso não é verdade na maior parte das nossas expedições aos shoppings centers. Por trás de muitas bolsas novas estão relacionamentos mal resolvidos, por trás de carrões caros e potentes estão inseguranças inconfessáveis, por trás de trajes vistosos estão frustrações recalcadas e quantas inutilidades eletrônicas servem de catarse para dores que não queremos enfrentar?

Você não consegue se livrar disso? Pelo menos olhe para o último supérfluo que você adquiriu e reconheça o que realmente quis comprar. Com o tempo, você vai aprender a dar o devido valor a cada coisa e a distinguir poder aquisitivo de caráter. Se tiver perseverança, vai encontrar tesouros reais e, se tiver sabedoria, não os perderá. Se esse dia chegar, um celular será apenas um celular, mas você será muito mais do que apenas uma pessoa.

13 de novembro de 2008

Como dar uma cagada no trabalho sem passar vergonha

Vontade de cagar. Quantas vezes passamos por essa situação incômoda bem no meio do expediente. A aplicação da lei de Murphy é mais precisa nessa circunstância do que em qualquer outra: "Quanto maior a distância entre seu cu e o vaso sanitário de sua casa, maior a probabilidade de evacuação espontânea".

No intuito de tornar esse momento prazeroso em um pouco menos constrangedor, este manual contém procedimentos para uma defecação segura no seu ambiente de trabalho.


Passo 1: O Horário
Existem horários menos propensos para uma cagada em um banheiro público. Nas empresas esses horários são: de 08:00 às 09:00 (nessa hora as pessoas estão chegando no trabalho, portanto costumam dar uma passada no banheiro para urinar, ajeitar os cabelos etc.); de 11:30 às 14:00 (trata-se do horário de desjejum, quando as pessoas costuma dar uma mijada antes de ir almoçar e depois voltam para escovar os dentes); 17:00 às 18:00 (horário de saída: algumas pessoas escovam os dentes antes de ir embora, outras passam para dar uma mijadinha). Assim, escolha um horário entre esses para dar sua cagada, pois a probabilidade do banheiro estar vazio é maior.

Passo 2: O Migué
Uma vez escolhido o horário é hora de dar o migué, ou seja, dar uma chegada no banheiro para verificar se tem alguém. Chegue como quem só vai dar uma olhada no espelho ou lavar as mãos. Caso tenha alguém no banheiro, realize um desses procedimento e dê meia volta. Caso a barra esteja limpa, é hora de analisar as condições higiênicas do recinto.

Passo 3: As Condições
É hora de ver se vai dar pra dar sua cagadinha sem pegar nenhuma bactéria letal. Comece a verificação pelas cabines da esquerda, uma vez que as pessoas tendem a usar as cabines localizadas à direita por instinto. Verifique se a lixeira está cheia; se estiver é um péssimo sinal, pois aquela cabine foi utilizada por outros cagões. Logo após, verifique se há papel suficiente para sua limpeza anal.

Passo 4: Imunizando
Quando estiver em uma cabine com lixeira vazia e com papel suficiente é hora de começar o procedimento de imunização. Corte o papel em tiras médias e vá cubrindo a tampa do vazo, de forma que não sobre nenhuma berada que poderá entrar em contato com sua pele. Feito isso, pegue mais papel e jogue dentro da privada, afim de evitar a ação da água sobre o impacto do torpedo que está por vir, o que infectaria seu belo popô.

Passo 5: Parindo a Criança
Com a imunização completa, sente no vazo e concentre toda sua energia na cavidade anal, pois a cagada precisa ser rápida, antes que algum mané apareça no banheiro, te pegue cagando e espalhe pra todo mundo, resultando em um apelido de "cagão" por tuda sua estadia na organização. O ideal é que tudo saia em uma única rajada, para que sua permanência no troninho não passe de 1 minuto.

Passo 6: A Retirada
Após dar descarga e certificar que tudo foi por água abaixo (algumas vezes isso não acontece, mas fazer o que né?), é hora de deixar a cena do crime o mais rápido possível, sempre agindo com naturalidade. Mentalize a idéia de que você apenas mijou (isso ajuda a agir naturalmente). Lave as mãos e vá saindo. Se alguém aparecer, cumprimente com um breve aceno de cabeça e um sorriso de lado e, se possível, faça um comentário do tipo: "puta merda, nego destruiu esse banheiro". Quando chegar em sua mesa faça comentários de mesmo teor com seus colegar mais próximos, pois eles certamente te viram sair e demorar um pouco e podem ir ao banheiro na sequência, o que levaria à uma suspeita sobre você.

Considerações Finais:
O ideal é educar seu intestino para que ele tenha um horário fixo diário para realizar a defecação. Em casos extraordinários recomenda-se a execução dos procedimentos acima descritos. Não segure bosta por muito tempo; você nunca sabe quando seu cu irá te trair e pode ter certeza, isso vai dar merda!

Recebi por e-mail.

9 de novembro de 2008

Rota 66 [Caco Barcellos]






O jornalista Caco Barcellos investigou durante cinco anos o esquadrão da morte que age na cidade de São Paulo. Ele mostra como é o sistema de extermínio e seus métodos de atuação e como o sistema incentiva esse tipo de ação.

Título: ROTA 66
Autor: Caco Barcellos
Gênero: Ciências Sociais
Editora: Globo

3 de novembro de 2008

Prayer For The Dying [Seal]

Pessoas destemidas, descuido de agulha
palavras ásperas ditas e vidas são destruídas
Envelhecimento poderoso, me ajude, estou enfraquecendo
O céu está esperando
É hora de ir embora
Então, estou atravessando aquela ponte
Com as lições que aprendi
Estou brincando com fogo sem me queimar
Posso não me ligar pelo que você está passando
Mas o tempo é a distancia entre mim e você



A vida prossegue, ela continua...
Siplesmente desanimar-se seria pessimista
Na sua mente você pode andar sobre a água
Por favor não chore
É apenas uma oração pelos que estão morrendo
Eu simplesmente não sei o que deu em mim
Há uma luz através daquela janela
Fique firme, diga sim
Enquanto as pessoas dizem não
A vida prossegue, ela continua.
Quando nada mais importa.

1 de novembro de 2008

Os prazeres pela metade


Por Leila Ferreira.

Não há nada que me deixe mais frustrada do que pedir sorvete de sobremesa, contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar na minha frente uma bolinha minúscula do meu sorvete preferido! Uma só.

Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa. Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência, comprar um litro de sorvete bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.

O sorvete é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano. A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade.

A gente sai pra jantar, mas come pouco. Vai à festa de casamento, mas resiste aos salgadinhos e docinhos. Conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil (a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de fácil).

Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta. Quer beijar aquele cara 20 anos mais novo, mas tem medo de fazer papel ridículo.

Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD, esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar. E por aí vai. Tantos deveres, tanta preocupação em acertar, tanto empenho em passar na vida sem ficar em recuperação...

Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão...

Às vezes dá vontade de fazer tudo errado, deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos. Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito.

Recusar prazeres incompletos e meias porções. Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou e disse uma frase mais ou menos assim:
- Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora...

Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos!) desejar várias bolas de sorvete, bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado.

Um dia a gente cria juízo. Um dia. Não tem que ser agora, por isso garçom, por favor me traga cinco bolas de sorvete de chocolate, um sofá pra eu ver 10 episódios do Law and Order, uma caixa de trufas bem macias e o Clive Owen embrulhado pra presente!
Não necessariamente nessa ordem...

Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago.

:} Recebi da minha big amiga Gi

Classificados

BMW 0 Km
Apenas 15 mil reais. Direto del Paraguay. Documentación completa, pero aconsejo trocar la targeta.
No és preciso nueta fiscal, la garantia soi yo.
Tel: 6346-3443 ablar con Pepe