24 de janeiro de 2008

Poesia

Satânico é meu pensamento a teu respeito,
E ardente é o meu desejo de apertar-te em minha mão,
numa sede de vingança incontestável pelo que me fizeste ontem.
A noite era quente e calma e eu estava em minha cama quando,
sorrateiramente, te aproximaste.
Encostaste o teu corpo sem roupa no meu corpo nú,
sem o mínimo pudor. Percebendo minha aparente indiferença, aconchegaste-te a mim e mordeste-me sem escrúpulos até nos mais íntimos lugares.
Eu adormeci.
Hoje, quando acordei, procurei-te numa ânsia ardente, mas em vão.
Deixaste em meu corpo e no lençol provas irrefutáveis
do que entre nós ocorreu durante a noite.
Esta noite recolho-me mais cedo para, na mesma cama, te esperar.
Quando chegares, quero te agarrar com avidez e força.
Quero te apertar com toda a força de minhas mãos.
Não haverá parte do teu corpo em que meus dedos não passarão.
Só descansarei quando vir sair, o sangue quente do teu corpo.
Só assim, livrar-me-ei de ti, pernilongo FILHO DA PUTA!

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